
Quinta-feira, 30 de Março, 2023
Os munícipes, na ilha do Sal, voltaram esta terça-feira, 28, a “cutucar” a equipa camarária, liderada por Júlio Lopes, durante os trabalhos da XI Sessão Ordinária do VIII Mandato, face à situação das estradas, calçadas e passeios nas diferentes zonas.
O único dia de trabalho da XI Sessão Ordinária iniciou com uma nota de pesar e minuto de silêncio em memória do ex-deputado municipal Manuel Pires “Manecas”, falecido na segunda-feira, 27.
Posto este momento, no período antes da ordem do dia dedicado aos munícipes, onde se registou uma presença significativa e intervenções, comparado com as sessões anteriores, as preocupações centraram-se na situação das estradas, nas diferentes localidades da ilha, chamando a atenção da edilidade para o perigo que as vias de circulação estão a representar.
Djoy Rocha foi o primeiro a intervir, manifestando a sua preocupação relativamente à estrada, laterais ou passeios, na rua B.Leza ou “Fundo de Mané Bau”.
“Fica difícil, dois carros transitarem naquela via ao mesmo tempo, mormente em sentido contrário. Não estou a criticar, trata-se de uma contestação, e percebendo o perigo venho alertar à câmara no sentido de tomar medidas, corrigir a situação e evitar mal maior”, aconselhou.
Também Pedro Brito ou Piduca, seguindo pelo mesmo diapasão, vai mais longe, pedindo aos eleitos municipais, particularmente da bancada do MpD (poder) que suporta a câmara, a terem “responsabilidade e mais cuidado” na aprovação de propostas e projetos de requalificação e asfaltagem das cidades.
“Exigimos mais responsabilidade à bancada do MpD, que tem a maioria dos deputados, porque a Câmara Municipal do Sal está a prestar muito mau serviço à ilha do Sal”, concretizou Piduca que trabalhou também no Gabinete Técnico em tempos idos.
Aldirley Gomes, vice-presidente da UCID, no Sal, pediu à plenária que se debruce sobre uma proposta que possa minimizar os problemas enfrentados, atualmente pelos condutores, automobilistas, especialmente os hiacistas e taxistas, na ilha, tendo em conta a situação das estradas no Sal.
“A responsabilidade é de quem governa. Por isso, há que trabalhar mecanismos que possam mitigar os prejuízos que os automobilistas no Sal vêm tendo”, considerou.
Perante as intervenções, a líder da bancada do MpD, Luísa Fortes, manifestou também preocupação quanto à situação das estradas na ilha, mas não ficou contente, quando um dos munícipes chama os eleitos municipais, afetos à cor política da câmara, de “irresponsáveis”.
Os eleitos municipais do PAICV (oposição), na voz de Astrigilda Rocha, e de Ravelino Reis, do Sal em Ação, também da oposição, dizem-se igualmente preocupados com a situação das estradas na ilha, concretamente, as vias de acesso Espargos/Santa Maria/Espargos/Palmeira, pelo que pedem intervenção urgente, e não ficar à espera do início das obras para a modernização da estrada cujo arranque prevê-se para o mês de Maio ou Junho do ano em curso.
Admitindo o estado das estradas, o autarca Júlio Lopes compreende, porém, que mais vale esperar pelas obras de modernização do que vir aplicar cerca de 50 mil contos só para tapar buracos.
“A construção das estradas Espargos/Santa Maria/Espargos/Palmeira, é o maior projeto de infraestruturas de Cabo Verde. Até lá, vamos ter que gerir essa situação de buracos, porque tapá-los vão custar mais de 50 mil contos, dinheiro que poderá ser aplicado em outro tipo de investimento. É uma questão de ver (…)”, questionou o autarca.
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