Portugal: Associação Cabo-verdiana de Sines aponta a plena integração das pessoas na sociedade como seu maior ganho  

 A presidente da Associação Cabo-verdiana de Sines e Santiago do Cacém, Gracinda Luz, apontou a pela integração das pessoas na sociedade que escolheram para viver como um dos “maiores ganhos” da organização que hoje completa 40 anos.

À Inforpress, em Lisboa, a líder associativa considerou também que o facto de a associação que dirige ter conseguido o seu próprio espaço para a sede é “muito gratificante”, porque foi algo “muito difícil”, no qual encontraram “muitas dificuldades, principalmente pela questão financeira”, mas hoje podem dizer que é “nos casa”.

“Os maiores ganhos foram e serão sempre as pessoas e a sua plena integração na sociedade que escolheram. No entanto, o reconhecimento também adquirido tem que ser autovalorizado”, frisou, sustentando que os dois presidentes da associação foram congratulados com a Medalha de Mérito Vulcão por parte do Presidente da República de Cabo Verde, João Doroteia em 2008 e Gracinda Luz em 2019.

Por outro lado, Gracinda Luz lembrou que a Associação Cabo-verdiana de Sines e Santiago do Cacém, fundada a 10 de Março de 1983, foi reconhecida pelo Governo Português, em 2005, recebendo uma Medalha de Louvor.

Atualmente, a associação tem em execução vários projetos a nível das políticas de acolhimento e integração, no âmbito da migração legal, projeto de carácter multicultural, trabalhando o diálogo intercultural nas escolas, projetos com crianças e jovens de várias nacionalidades, outros de âmbitos sociais e de emprego e de formação.

Segundo a responsável, os projetos são financiados por diversos fundos comunitários, programas e exigem uma “enorme complexidade”, por isso a associação tem atualmente 12 técnicos e monitores.

Para Gracinda Luz, um dos projetos que a associação gostaria de dar “maior prioridade” é o da reestruturação do seu espaço, que permitirá promover a cultura de todas as nacionalidades que acolhem e acompanham, permitindo “uma maior proximidade”, principalmente depois de um período de ausência de socialização devido à pandemia covid-19, que tantas sequelas os deixou.

Um outro projeto que também é prioritário para a organização é a sedimentação da ligação da associação para com os serviços e comunidade em Cabo Verde, porque a criação de elo de ligação permitirá “minimizar as dificuldades sentidas pela comunidade, através de uma intervenção no terreno e com proximidade”.

Para os que estão e estiveram ligados à Associação Cabo-verdiana de Sines e Santiago do Cacém, a sua presidente Gracinda Luz agradece “todo o contributo dado ao longo destes anos”, porque entende que estes 40 anos “são fruto da dedicação” dos fundadores, dos dirigentes, dos sócios, dos voluntários, dos amigos, dos simpatizantes, dos parceiros e de todos mais.

“Um grande bem-haja, que continuemos a nossa caminhada, agarrando os desafios, e que possamos demonstrar que podemos desenhar a nossa história, li também é nos terra”, concluiu a presidente que fez saber que várias atividades para assinalar as quatro décadas da associação serão realizadas ao longo do ano de 2023.

Para sábado, 11, está agendada uma noite de música ao vivo e sabores das ilhas, como com mornas, coladeiras, funaná, a acontecer no salão da associação que fica na cidade portuguesa do distrito de Setúbal, região do Alentejo e sub-região do Alentejo Litoral.

Inforpress

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