Presidente da Colmeia quer magistratura de influência mais virada para questões sociais

Isabel Moniz fez esta afirmação à imprensa após a visita do Presidente da República e da primeira-dama à sede da Colmeia com o objetivo de conhecerem de perto o trabalho realizado pela organização na promoção e criação de condições para que as crianças e jovens com deficiência possam crescer “cada vez mais integrados e engajados” na sociedade.

“Isso porque nós precisamos de mais coberturas a nível das terapias, pois 75 sessões não chegam, incluir as comparticipações não cobertas pelo sistema, bem como maior poder financeiro aos pais e encarregados de educação já que o cinco mil escudo da pensão social não lhes permite muita manobra”, disse.

Perante esta situação, a presidente da Colmeia solicita que todas as políticas sociais fossem viradas para as camadas de população que necessitam de “muitas respostas” e a todos os níveis, visto tratarem-se de pais que perdem mais emprego para cuidarem dos filhos em condição de deficiência.

“A nossa proteção precisa de trabalhar respostas mais concertadas. Ouvimos falar de aumento de pensões, isso é muito bom, mas outras prestações associadas e complementares ajudariam as famílias com pessoas da condição de deficiência”, afirmou, reclamando ainda “mais condições” para um trabalho de “maior dignidade” para com as pessoas com deficiência.

Isabel Moniz, que se regozija com o apoio dos cuidadores que, segundo disse, ajudam e facilitam o trabalho dos técnicos, quer ainda “mais apostas” de facilitação nas especialidades médicas para as pessoas com deficiência, não só no atendimento público como no privado, alegando que ninguém sabe quando estará na condição de deficiência.

A Colmeia, que trabalha com 518 crianças e jovens com necessidades especiais diversificadas, associadas a quadros como dificuldades específicas de aprendizagem, hiperatividade, défice de atenção, perturbações no desenvolvimento, deficiência Intelectual e do neuro desenvolvimento, foi criada em 2014.

Inforpress