Primeira-dama defende mais psicólogos e terapeutas emocionais nos estabelecimentos prisionais

A primeira-dama, Débora Carvalho, advogou hoje a necessidade de haver mais psicólogos e terapeutas emocionais nos estabelecimentos prisionais visando ajudar as reclusas a lidarem melhor com as suas emoções e a desenvolver novos comportamentos.

Debora Carvalho fez estas declarações à imprensa, no final de uma “conversa aberta” com as reclusas, realizada na Cadeia Central da Praia, no âmbito do Março, mês da mulher.

O evento, que contou com a presença da ‘coach’ motivacional Evódia Graça, explicou, teve como finalidade a promoção do diálogo visando sensibilizar as referidas reclusas a refletirem sobre o seu valor enquanto mulher, a cultura da paz e atitudes positivas no sentido de proporcionar a sua autoestima.

“Queremos que o momento pós-cadeia civil seja um momento que traga novas ambições, novos valores, novas práticas e escolhas, e quisemos neste mês de Março, praticamente a terminar as nossas actividades, também estar com elas também sem deixar ninguém para trás, mas sobretudo apresentar esta possibilidade de usarem o tempo que estão aqui como reclusas para se renovarem mentalmente e emocionalmente”, declarou.

Abordando a questão da reinserção social dos reclusos em Cabo Verde, Debora Carvalho defendeu a necessidade desta temática ser melhor trabalhada para que quando os reclusos regressam a vida social não se sintam discriminados.

“Os reclusos não constituem o único grupo que sofre estigma, temos mulheres com VIH-Sida, deficiência e precisamos de uma sociedade que seja mais humana, mais inclusiva, tolerante e que se disponibilize para ajudar as pessoas a terem uma nova fase na sua vida. Há um trabalho que deve ser feito na sociedade, mas também com os reclusos”, afiançou.

A primeira-dama considerou ainda “importante” haver mais profissionais na área da saúde mental nos estabelecimentos prisionais, reconhecendo, no entanto, os esforços para garantir a presença de mais profissionais e terapeutas nas diferentes instituições do Estado.

“Muitas mulheres têm muitos traumas emocionais e é preciso mais profissionais que nos possam ajudar e ajudar estas reclusas a trabalharem melhor as suas emoções. Existirão, certamente, aquelas que têm mais propensão para comportamentos mais violentos, precisam de treinar as suas emoções, como se comportar quando sentem e a Evódia teve a oportunidade de fazer dois exercícios com elas, de quando no momento de muita raiva, podemos recorrer para levar a nossa raiva para outro campo”, concluiu.

Inforpress

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