
Sábado, 23 de Setembro, 2023
O reitor da Universidade Lusófona de Cabo Verde (ULCV) prometeu na próxima semana constituir uma equipa para efetivar “brevemente” o curso para formação da Polícia Municipal resultante de uma parceria entre a academia e Polícia Nacional.
Carlos Delgado fazia o anúncio na sexta-feira, 07, no Salão Nobre da Câmara Municipal de São Vicente, na sequência da assinatura do protocolo entre a ULCV e o Centro Nacional de Formação da Polícia Nacional que irá permitir garantir o curso para agentes e oficiais da futura Polícia Municipal.
Segundo a mesma fonte, o ato significa uma “honra e também uma responsabilidade”, tendo em conta que permite efetivar parceria com uma instituição de “muito prestígio” como o Ministério da Administração Interna, o que, a seu ver, impõe desafios para ambas as partes.
Considerou ser ainda uma responsabilidade porque este ato vai contribuir para implementar de forma efetiva a lei de 2017 para formação do pessoal da Polícia Municipal.
Carlos Delgado acredita que tal protocolo vai ao encontro dos objetivos da universidade, de proporcionar cursos correspondentes às necessidades do mercado, daí, , afiançou, os formandos na área de Gestão de Segurança “ficam competentes para exercerem elevadas funções ao nível da segurança”.
Por isso, asseverou, a ULCV já indicou um coordenador para fazer a ponte com o Centro de Formação da Polícia Nacional e criou uma equipa para a partir da próxima semana começar a trabalhar o plano de estudo, para ser apreciado e aprovado pelo centro e pelo ministro da Administração Interna.
“Ao mesmo tempo, queremos garantir um corpo docente qualificado para ministrar os cursos, bem como espaços e condições de aprendizagem modernizados, porque queremos espaços de elevado padrão de qualidade”, sublinhou o reitor, acrescentando ser desejo da universidade que os cursos sejam “prenhes e cedíveis” e os quadros saídos estejam à altura dos desafios dos municípios e de Cabo Verde.
Entretanto, Carlos Delgado afiançou que a sua instituição está aberta aos reajustes que o Ministério da Administração Interna e o centro da Polícia Nacional entenderem, tendo em vista a “eficácia” dos cursos.
Por seu lado, o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, que presidiu ao ato, considerou ser um “momento importante” em que o centro de formação da PN procurou uma “importante parceria” com a academia para materializar o curso de Polícia Municipal que, desde a criação da lei, tem encontrado alguns entraves.
A escolha da Universidade Lusófona foi, conforme a mesma fonte, devido à “iniciativa, pro-atividade, pelos inúmeros contactos e pela visão em matéria de segurança” e, por isso, defendeu, espera-se “bons resultados” da parceria.
Paulo Rocha congratulou-se por São Vicente estar a dar o pontapé de saída, mas mostrou-se satisfeito por a universidade estar em contacto com a Associação dos Municípios e outras câmaras afim de massificar a formação.
Por outro lado, lembrou o papel da Polícia Municipal , “polícia essencialmente administrativa” e que atua para o cumprimento das normas emanadas pelas câmaras, mas que atua, sublinhou, em “estreita colaboração” com a Polícia Nacional.
Uma parceria também ressaltada pelo presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Augusto Neves, para quem é uma satisfação ver concretizada essa “luta” de ter a Polícia Municipal, que vai trabalhar com a Nacional “no apoio às várias infraestruturas e ter uma cidade muito mais organizada e segura”.
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