
Sexta-feira, 9 de Junho, 2023
Um grupo seis professores do Ensino Secundário da Escola Baltazar Lopes da Silva e técnicos da Sala de Recurso da escola Luís Gominhos, na Ribeira Brava, concluíram esta terça-feira, 31, uma formação de escrita e leitura do sistema Braille.
A ação formativa, que teve a duração de três meses e uma carga horária de 54 horas, foi promovida pela Delegação do Ministério da Educação na Ribeira Brava.
Em declarações à Inforpress, o formador e deficiente visual, João Araújo, avançou que na ilha há cerca de 30 pessoas com deficiência visual, mas o número dos que estudam é “bem reduzido”.
“Atualmente, trabalho com sete alunos e hoje terminamos esta formação de seis professores, o que é uma mais-valia, pois estão capacitados para trabalhar com escrita e leitura do sistema Braille, pauta, bengala branca e cubos para Matemática”, afirmou.
A falta de acessibilidade nas escolas é uma das dificuldades que os alunos com esta necessidade educativa enfrentam, pelo que a mesma fonte afirmou que tem trabalhado junto das autoridades no sentido de serem criadas as condições de mobilidade necessárias.
O mesmo fez um balanço “positivo” da formação, tendo em conta que os formandos conseguiram “absorver” os conteúdos ministrados.
Por sua vez, o delegado do Ministério da Educação na Ribeira Brava, Amílcar Barreto, afirmou que a formação é de “grande importância”, pois trata-se de mais uma ferramenta que os professores têm para promover a inclusão dos alunos.
“Sabemos que é o direito de todos ter acesso à educação e criar as condições básicas para que isso possa acontecer é nossa preocupação, e estamos constantemente a preparar os nossos professores e todos os agentes educativos, para que estes alunos tenham as condições básicas para aprender”, realçou.
Já a professora Katelene Silva, que participou da formação, salientou que a mesma os permite estar melhor capacitados para trabalhar com os alunos com deficiência visual.
“Para mim, foi de grande importância esta formação, pois agora sinto que estou melhor preparada para o caso tenha que trabalhar com algum aluno com deficiência visual”, afirmou.
Inforpress
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