Sociólogo aborda com policiais importância da inteligência emocional na sustentabilidade das relações humanas

Cerca de três dezenas de policiais de todas as unidades e esquadras da Polícia Nacional (PN), em São Vicente, participam hoje num workshop em que se procura demonstrar a importância da inteligência emocional na sustentabilidade das relações humanas.

É que, conforme o sociólogo Nuno Melício, que orienta o workshop, hoje fala-se muito na sustentabilidade económica, do meio ambiente e da reciclagem, por exemplo, mas não se fala da sustentabilidade das relações humanas dentro das instituições.

Daí trazer este tema para se aperceber como o fator humano influencia na sustentabilidade desse relacionamento entre a polícia e a sociedade, dado que, sublinhou, pela característica da profissão, o policial, no dia-a-dia, na sociedade e no seu trabalho gere conflitos, “um dos pontos importantes” da inteligência emocional.

Então, continuou, urgia falar aos agentes da autoridade de como criar empatia com a sociedade e com os próprios colegas, já que muitas vezes os problemas ocorrem dentro da instituição, e aqui, sintetizou, o autocontrolo e o auto-conhecimento são fundamentais.

No fim, pretende-se ter um agente policial como elemento melhor no corpo da polícia e na sociedade, o que se consegue baseado na inteligência emocional, através de subsídios que deixou aos policiais de como criar a própria rota de inteligência emocional, o que passa, em primeiro lugar, precisou, pela autoconsciência emocional, autocontrole e foco.

“É que muitas pessoas na sociedade estão a desfocar-se, a desviar-se através das redes sociais e dos vícios digitais e põem de lado esse relacionamento, esse fator humano”, elucidou a mesma fonte.

Segundo Nuno Melício, outra vertente para ajudar na sustentabilidade das relações humanas passa pela família já, muitas vezes, admitiu, as pessoas saem para trabalhar, os filhos ficam à deriva, ou seja, a educação fica terceirizada, já que a educação se faz em casa, embora o peso da escola nesta temática.

“O que propomos é a união da sustentabilidade da família e da escola e mostrar que ainda somos seres humanos e que podemos resgatar aquilo que as tecnologias tentam desviar, preparar esse pessoal com ferramentas para que fique mais consciente daquilo que é a lide do dia-a-dia, manter o relacionamento com o fator humano sempre presente”, finalizou o sociólogo.

Inforpress

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