O chefe do exército sudanês, Abdel Fattah al-Burhan, afirmou no sábado que “não precisamos” da União Africana para resolver o conflito que dura há quase cinco meses no país, numa altura em que novos números apontam para mais de sete mil mortos.
A capital sudanesa, Cartum, e a região do Darfur voltaram a ser palco de confrontos entre o Exército e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido, que não dão sinais de tréguas, após três meses de guerra.
O Egipto disse no domingo que iria acolher uma cimeira dos vizinhos do Sudão no dia 13 de julho para discutir formas de pôr fim a um conflito de 12 semanas entre facções militares sudanesas rivais que desencadeou uma grave crise humanitária na região.
“As forças da companhia militar privada Wagner não estão presentes no Sudão”, assegura vice-presidente do Conselho Soberano sudanês, após visita à Rússia para falar “sobre o fim da guerra no Sudão”.
O início de um cessar-fogo de 72 horas com o objetivo de acalmar mais de dois meses de conflito entre fações militares rivais do Sudão trouxe uma trégua nos confrontos em Cartum no início de domingo, após batalhas e ataques aéreos durante a noite, disseram os residentes.
Arábia Saudita e EUA, que têm mediado as conversações de paz no Sudão, condenaram no domingo os confrontos violentos entre o exército e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF), minutos depois do fim da trégua.
Sudão declara o alemão Volker Perthes, representante especial da ONU, “persona non grata” no país. Diplomata é acusado de inflamar os combates entre as forças em conflito em Cartum.
Assassínios e saques contínuos na região de Darfur, no oeste do Sudão, levaram o governador, Minni Arko Minawi, a declarar “zona de catástrofe”.
A Arábia Saudita e os Estados Unidos apelaram este domingo, 28, a prorrogação de um cessar-fogo no Sudão que resultou num abrandamento dos combates mas que ainda não resultou na entrega de ajuda humanitária a civis.
Apesar dos relatos de confrontos entre o exército e a Força de Apoio Rápido no início do cessar-fogo, esta segunda-feira, população de Cartum disse, esta terça-feira, que combates acalmaram.
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