Aos 80 anos Arminda Lima continua a fazer seus rosários ofício que pratica desde criança

Natural da Ribeira Grande, mais precisamente da Ribeira de Duque, Arminda Lima, com dez anos de idade já fazia rosário e a partir dos 12 anos começou a confecionar este objeto que confeciona com pães minúsculos de farinha de trigo.

Para se fazer o rosário, um dos elementos inseparáveis das festas de São João, pode-se utilizar também como matéria prima grãos de café, de mancarra e, até, pipocas.

“Quando eu tinha apenas dez anos, ia à uma casa vizinha onde morava na Ribeira de Duque aprender a fazer rosários. Nessa altura, como tinha uma irmã que vivia no Porto Novo, ia também ajudar as pessoas a fazerem o rosário e ganhar algum dinheiro”, notou.

A partir dos 12 anos esta artesã começou a fazer rosário por conta própria para vender nas festas de São João no Porto Novo, onde passou a residir a partir dos 28 anos.

“Com 28 anos, vim morar no Porto Novo e vim com espírito de fazer rosários para manter a tradição mas também para ganhar dinheiro. Fiz um pequeno forno e, a partir daí, comecei a praticar este ofício para ganhar dinheiro”, sublinhou Arminda Lima.

Aos 80 anos, ainda Arminda Lima continua a fazer sozinha os seus rosários, atividade que a ajudou a criar os seus quatro filhos.

“Tenho 80 anos, mas ainda consigo preparar tudo sozinha. Preparo a massa e faço os rosários sem ajuda de ninguém”, concluiu esta personalidade das festas de São João Baptista, que vai, na edição deste ano, ser homenageada no evento Rozér (rosário) Color Party, no dia 22 de Junho.

Além disso, faz também fongo de lenha, funguim de São João e cuscuz, outros elementos indissociáveis das festividades de São João Baptista, no concelho do Porto Novo.

Inforpress