São Vicente: PAICV chama atenção para carência de investimentos na Cabnave

O porta-voz dos parlamentares do principal partido da oposição, João do Carmo, fez a chamada de atenção em conferência de imprensa hoje, no Mindelo, para balanço de visitas e encontros ao círculo durante o último mês de Maio.

Segundo a mesma fonte, o único estaleiro naval do país “carece urgentemente” de investimentos para que não seja colocado em causa o serviço de manutenção prestado a marinha mercante nacional.

O deputado lembrou que o Estado tem uma dívida de “quase um milhão de euros” com a empresa o que dificulta ainda mais as suas atividades e, por outro lado, considerou, estão “fartos” de um Governo do “vamos fazer”.

Por isso, pediu que sejam tomadas medidas concretas com a Cabnave, porque tal poderá colocar em causa o serviço e ter um “impacto terrível” na manutenção da marinha mercante nacional.

“Isso tem um impacto direto na necessidade de fazerem manutenção a cada dois anos e caso estes investimentos não forem feitos agora, provavelmente deverão recorrer a instalações navais das Canárias ou do Senegal”, advertiu.

João do Carmo afirmou também estarem preocupados com a segurança dos trabalhadores devido às “instalações obsoletas” que estão a fazer a empresa perder, a cada dia, capacidade de procedimentos de manutenção normal.

“Obviamente, isto tem um risco directamente na segurança dos trabalhadores”, considerou.

Ainda no sector marítimo, o deputado do PAICV referiu-se à concessionária Cabo Verde Interilhas (CV Interilhas), que, asseverou estar em “situação difícil para o desespero dos gestores”, mas “não se justifica utilizar o argumento de sabotagem para desculpar a capacidade de resposta ás demandas do mercado”.

Daí, entender que a CV Interilhas deveria pedir desculpas públicas a todos os marítimos cabo-verdianos”.

O eleito do partido abordou também a questão do Centro Comum de Vistos e chamou mais uma vez a atenção para a “forma horrível” do processo de agendamento em São Vicente e acredita não ser normal que “em pleno século XXI, a pessoas passarem por aquilo, num processo que deveria cada vez mais fácil”.

Inforpress