Os grupos de mandingas de Ribeira Bote e Fonte Filipe, no Mindelo, estão nos últimos preparativos para o “enterro” do Carnaval no domingo, 26, com a participação de mais cem homens e mulheres de negro.
A falta de um estaleiro para os grupos do Carnaval de São Vicente, o mais emblemático de Cabo Verde, faz com que percam trabalhos que poderiam reaproveitar em anos seguintes, agravando a fatura, de quase 43 mil contos.
Os ensaios dos grupos de Carnaval tomaram conta das noites no Mindelo, antecipando uma festa que como, é da tradição, voltará a ter a Escola de Samba Tropical como porta-estandarte da maior festa cabo-verdiana, com 1.200 foliões.
O Carnaval é a “diversão maior” da cabo-verdiana Luíza Morazzo, que vai esquecer as dores nos joelhos e descer ao sambódromo do Mindelo para sambar e receber uma homenagem do grupo de Samba Tropical, que fundou.
O Governo vai disponibilizar 11,8 milhões de escudos aos grupos que vão desfilar no Carnaval, cuja festa regressa este ano após dois anos parada devido à pandemia de covid-19.
Na Ribeira Bote, a batucada ouve-se ao longe, todos dançam, os olhos brilham, há sorrisos largos e muitas mãos a ‘vestir’ os mandingas, para mais um desfile que arrasta multidões e anuncia o Carnaval em São Vicente.
O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, anunciou hoje, no Mindelo, que os mandingas de Ribeira Rote vão receber uma verba para criar uma escola de batucada e dança para crianças.
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